Sou Evelyn. Sou Evelyn Mello. Mas acho que a maior parte do
tempo sou Evy mesmo, e gosto de ser. Foi o apelido que meu avô, o seu
Sebastião, me deu. No fundo, apesar de hoje acumular tantas experiências:
escritora, professora, membro de jornal, influenciadora digital pela
Femiversomulti, ainda sou aquela menina que dava aulas para o avô, fazendo o
portão de casa como lousa. Minha primeira lousa.

Os ouvidos de meu avô foram os primeiros a ouvir meus ensaios
de histórias. Ali, naquele quintal, eu ampliei meu mundo. Não existe
minibiografia que me defina melhor que isso.

Ali, eu sonhei que um dia veria meu nome na capa de um livro
e fabricaria sonhos, como aqueles que colecionei junto às margaridas do jardim
do seu Sebastião. 

ENTREVISTA:

Revista Projeto AutoEstima:
Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?

Evelyn Mello: Oficialmente foi com a obra “Femiversomulti:
breves crônicas de breves possíveis mulheres contemporâneas”, de 2016, pela
Editora Todas as Musas. Foi o Flávio Botton quem me deu essa oportunidade e
acolheu meu trabalho com uma generosidade imensa.

Demorei 14 anos para terminar essas 8 crônicas (o
número não é por acaso). Cada história foi inspirada em observações que recolhi
por pontos de ônibus, ruas, lojas, enfim, de mulheres nas mais diversas
situações, desde prismas culturais bastante plurais, para explodir mesmo esse
negócio de “feminino”. Extraoficialmente, sempre amei literatura e lia
vorazmente tudo o que me caia em mãos: a série vagalume, Voltaire, Machado de
Assis, Monteiro Lobato, Jorge Amado, Oscar Wilde, entre outros. A essa altura
eu tinha entre 9 e 12 anos e já havia tido contato com esses nomes e seus
livros. Claro que não entendia nada! Mas gostava de me desafiar e lia mesmo
assim. O convite inicial foi uma coleção “Meu amiguinho”, que meu pai assinava
para mim. Depois veio Ziraldo, depois série vagalume e daí por diante não parei
nunca mais.

Revista Projeto AutoEstima:
Você participou da antologia (e-book) “Sensibilidade e Sonhos” da Revista
Projeto AutoEstima. Poderia comentar?

Evelyn Mello: Para quem se alimenta de literatura e,
mais do que isso, tem nas palavras sua aliada de todos os momentos, sejam os
felizes ou os mais terríveis, poder fazer parte de um projeto que propõe contemplar
“sensibilidade e sonho”, dois termos que ficaram tão pequenos nessa desordem
cotidiana que a gente vive, é, sem dúvida, um exercício de catarse!

Revista Projeto AutoEstima: Conte mais sobre a sua
experiência em participar desta antologia.  

Evelyn Mello: Foi uma experiência incrível. Sem contar
que o
Poema para te descrever em todas as notas sintetiza um encontro
especial, um evento único que quem tem muita sorte na vida pode experienciar,
mas precisa estar aberto para receber o outro, para ouvir o outro, para sentir
o outro, o que hoje em dia é, de fato, um desafio. Para sentir é necessário
estar vivo e a maioria de nós já morreu e nem sabe.
 

Este poema também é uma demonstração de afeto a uma
pessoa muito especial que revolucionou minha vida em muitos sentidos. Melhor
dizendo, acendeu os sentidos e invadiu minha literatura, o que é um fato a se
celebrar.

Revista Projeto AutoEstima:
Poderia destacar um trecho do seu texto desta antologia especialmente para os
nossos leitores? 

Evelyn Mello: (…)

Rompi as barreiras do espaço

Do tempo

Hoje enxergo em tudo porque te percebo

Sem você

Não há nada                    

Revista Projeto AutoEstima: Quais dicas daria aos
autores que desejam participar de concursos literários?

Evelyn Mello: Que o façam sem medo, pois é uma
excelente oportunidade de ganhar experiência. Que o façam porque amam escrever,
sem a preocupação de ganhar ou de perder. Uma vez, me lembro, fiquei muito
triste porque não tive um texto contemplado, logo no começo. Então li uma
declaração de Manuel Bandeira e outra de Mário Quintana, dois poetas que admiro
demais, que dizia o quanto é pouco escrever só para competir. Fato. A escrita é
muito maior que isso. Devemos escrever para explorar, para mergulhar, mesmo,
entre as letras, desbravar palavras. Para isso servem os concursos: para
estimular a caminhada.

Revista Projeto AutoEstima:
Como o leitor interessado deverá proceder para saber mais sobre você e o seu
trabalho literário?

Evelyn
Mello:
Eu tenho uma página no
Face, a Femiversomulti, e outra no Instagram de mesmo nome. Nelas sempre
divulgo minhas obras. Além da Femiversomulti ainda tenho um romance
experimental “O degrau”, além de contos e poemas publicados em antologias,
muitos, inclusive, são frutos de concursos literários. Recentemente fui contemplada
em fazer parte da coletânea “Cem melhores poetas contemporâneos” da Associação
Literarte e para a Coletânea Faz de Conto V, edição de luxo, que terá tradução
para o francês e será também lançada no Salão do Livro de Genebra.

Para além
da ficção, tenho meu livro mais recente que é resultado de meu doutorado em
Estudos Literários, mais técnico, portanto, o “Entre a casa e a rua:
ecos de
resistência à ditadura militar nos romances o pardal é um pássaro azul, de Heloneida
Studart, e Tropical Sol da Liberdade, de Ana Maria Machado”, pela editora Paco.
 

Revista Projeto AutoEstima:
Existem novos projetos em pauta?

Evelyn Mello: Existem…
Sempre há… Faz parte da vida! Atualmente, tenho me dedicado a dois projetos
individuais: um livro experimental de crônicas e um de contos de terror. Também
tenho três projetos em parceria com Hugo Brasarock, um grande escritor,
compositor e ilustrador de Ilha Solteira: um livro infantil, com texto meu e
ilustração do Hugo; um livro com contos de terror escritos por nós dois e um
roteiro, parte de um projeto para uma série de suspense.
 

Perguntas rápidas:

Um livro: O morro dos ventos
uivantes

Um (a) autor (a):  Virginia Woolf

Um ator ou atriz: Mário Lago

Um filme: Piaf: um hino ao
amor

Uma recordação em especial: as
tardes que passei, sentada na área da casa de minha avó, em minha cadeira
predileta, disfrutando tempo com meus livros.

Revista Projeto AutoEstima:
Deseja encerrar com mais algum comentário?

Evelyn Mello: Sim! Leiam, escrevam; escrevam, leiam.
Fechem o livro, abram de novo e leiam. Apaguem o escreveram, amassem; escrevam
de novo. Um povo que não lê e não escreve, nasceu para ser enganado.


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