Diplomata
e escritor Raul de Taunay narra com revigorante fôlego o palco da
guerra civil que se sucedeu ao processo de independência do país no
romance “Meu Brasil Angolano”
Testemunha ocular do processo pela independência de Angola, o escritor Raul de Taunay recobre de história e antropologia social o romance Meu Brasil Angolano.
O enredo tem como cenário a cidade de Luanda, em 1992, quando o autor,
em missão diplomática, presenciou a guerra civil que por décadas sangrou
o país.
Inteiramente escrita na capital sitiada, a
obra faz referência à batalha travada pelas tropas do MPLA e da Unita,
milícias opositoras que encontram-se pela primeira vez dentro do
perímetro urbano de Luanda. Também revela os aspectos sociais e
culturais de uma sociedade consumida entre movimentos de libertação,
ingerências externas e um contexto político polarizado.
(…) era fácil para os países
desenvolvidos fazer suas guerras nas terras dos outros, matando os
filhos dos outros, saqueando casas que não lhes pertenciam. E o povo?
Bem, o povo, como sempre, teria de preocupar-se em sobreviver, apenas
isso. Padre Eustáquio havia sido testemunha; já assistira, com os
próprios olhos, aos dramas impingidos pela guerra às populações do
musseque de Bela Vista. (Meu Brasil Angolano, p. 40)
Meu Brasil Angolano
é o relato de descobertas, sobrevivências, romances cálidos, batalhas
ferozes e aventuras inéditas num continente desconhecido do grande
público, embora localizado bem em frente ao Brasil. Aliás, o governo
brasileiro foi o primeiro a reconhecer a independência de Angola, outro
fato explorado nesta obra histórica.
Diplomata também formado em Direito, Raul de Taunay
nasceu na França, mas considera-se brasileiro – como previsto pela
Constituição Federal, por ser filho de diplomatas brasileiros em missão
no exterior. E foi aqui que a escrita, apreciada desde a infância, se
profissionalizou. Estimulado, segundo ele, pelos relatórios de política
externa de brilhantes analistas que lhe chegavam às mãos.
Como escritor, é autor de romances,
livros de poesia, ensaios, artigos e análises do cenário internacional.
São 12 livros, publicados a partir do começo dos anos 1980. Em 2005, foi
agraciado pela Academia Brasileira de Letras com a Medalha João
Ribeiro, sua mais importante comenda que homenageia os destaques no
âmbito editorial e cultural brasileiro.
Ficha Técnica
Título: Meu Brasil Angolano
Autor: Raul de Taunay
Editora: Pandorga
ISBN: 978-65-5579-027-6
Formato: 16 x 23 cm
Páginas: 260
Preço: R$ 39,90
Link de compra: Editora Pangorga
Raul de Taunay é diplomata de carreira, autor dos livros Poética do
novo bardo (poesia, 1972), O menino e o deserto (romance, 1982), A
opressiva inconstância da felicidade (romance, 1985), Meu canto aberto
(poesia, 1993), Meu Brasil angolano (romance, 1995), Rosas da infância
ou da estrela (poesia, 2005) e A Lucidez da Lenda (romance, 2018), entre
outros títulos. Elaborou a tese O fenômeno da emigração brasileira,
aprovada no Curso de Altos Estudos do Serviço Exterior Brasileiro e
escreveu inúmeros ensaios, artigos, conferências e análises do cenário
mundial vistos do ângulo das possibilidades e dos interesses nacionais.
Elenir Alves é formada em Publicidade e Marketing. Editora-chefe da Revista Projeto AutoEstima e Assessora de Imprensa da Revista Conexão Literatura. Foi coeditora, juntamente de Ademir Pascale, do extinto fanzine TerrorZine – Minicontos de Terror. Foi coautora de diversos livros, entre eles “Draculea – o Livro Secreto dos Vampiros”, “Metamorfose – A Fúria dos Lobisomens” e “Zumbis – Quem disse que eles estão mortos?”, nas horas vagas adora escrever poemas e frases inspiradoras.
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