Você já parou para pensar no tempo que perde analisando a vida alheia através das redes sociais? E como você acaba se adaptando aos padrões virtuais?
Isso é algo que ocorre de forma inconsciente e até inocente, por vezes, em pequenas passadas rápidas nas páginas pessoais do Instagram, Tiktok e Facebook.
Induz-se a compra de objetos e acessórios desnecessários, mas completamente ostentados como se fossem essenciais para a felicidade ali exibida. Assim como a idealização de corpos digitalizados por filtros, ângulos, poses e jogos de luzes e sombras para esconder qualquer sinal de imperfeição.
Sim, estamos vivendo a era da embalagem, do exibicionismo, em que o mais importante é o que se vende e não sua essência.
O que temos que analisar é que aquele mundo virtual é completamente editado, filtrado e ajustado até se tornar o que se considera ideal para ser mostrado.
É normal vermos adolescentes fazendo plásticas cada vez mais cedo, buscando essa perfeição que só existe através de filtros de redes sociais. Muitos não se reconhecem ou não se admiram de forma natural.
Isso é um risco para a saúde mental e emocional em longo prazo…pois estamos nos tornando exigentes de uma forma digitalizada, estamos buscando uma perfeição irreal, computadorizada.
Lógico que os procedimentos estéticos são importantes, quando necessários. Mas, em demasia, ao invés de ajudar, pode ter o efeito de perda da identidade. Principalmente aos mais jovens, que influenciados por essa cobrança virtual, vão sempre buscar uma perfeição que é inatingível. Afinal, não existe o perfeito!
A perfeição está justamente em sermos imperfeitos.
Às vezes olhando a adolescência dos meus filhos e a minha, penso que estou ficando um pouco antiquada e ao mesmo tempo como fui privilegiada.
Sim, pois tive uma adolescência livre! Assim como não tinha o receio de estar sendo filmada ou fotografada em algum vacilo da idade.
A liberdade era o meu maior desafio. Eu e meus amigos éramos livres para sermos adolescentes sem termos receio da cultura do cancelamento, ou das cobranças estéticas virtuais.
Hoje, sendo mãe, tendo filhos adolescentes, vejo como essa cobrança limita a adolescência, que já é tão cheia de limitações internas.
Então, vou perguntar mais uma vez.
Já parou para pensar em como você perde tempo olhando a vida alheia? Em como você perde tempo tentando limitar a sua vida às imagens vendidas pelas redes sociais?
Vamos tentar viver, sem olhar para o lado, vamos tentar ser o que queremos ser, e não o que querem que sejamos.
Vamos ser felizes…não virtualmente, mas na essência.
Elenir Alves é formada em Publicidade e Marketing. Editora-chefe da Revista Projeto AutoEstima e Assessora de Imprensa da Revista Conexão Literatura. Foi coeditora, juntamente de Ademir Pascale, do extinto fanzine TerrorZine – Minicontos de Terror. Foi coautora de diversos livros, entre eles “Draculea – o Livro Secreto dos Vampiros”, “Metamorfose – A Fúria dos Lobisomens” e “Zumbis – Quem disse que eles estão mortos?”, nas horas vagas adora escrever poemas e frases inspiradoras.
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