Confesso que, para mim, a época do Natal, nostálgica, e do Ano Novo, um fim, sempre foi motivo de tristeza, desânimo, no mínimo reflexões exacerbadas, “saltando” do peito…
É um tempo, sem dúvidas, mais sensível que todos os outros do ano, o das festas do fim do ano… Há quem até possa negar, ou se blindar contra essa “sensibilização embargada no ar”, mas o fato é que aí está ela… Acima e além dos pinheirinhos, Papai-Noel, presentes, e, em menor quantidade, as lembranças do verdadeiro sentido do Natal: a manjedoura de Jesus Cristo, os presépios, os três reis magos e outros símbolos cristãos.
Conheço outras pessoas que não se sentem muito bem no fim do ano. Exatamente a época das festas, como mencionei. Lembramos o que não fizemos no ano, mais do que o que fizemos… quem não amamos o suficiente, quem perdemos, física ou emocionalmente, para a morte ou a separação em vida, de quem nos afastamos, de quem sentimos saudade, o que não conseguimos… Como vai ser daqui para a frente?
Dois mil e vinte foi e 2021 está sendo um fim de ano especialmente tristes, tendo em vista a epidemia de Covid que matou tanta, tanta, tanta gente no Brasil e no mundo, e ainda não terminou. Agora temos, além das centenas de variantes do vírus, a tal da ômicron, que ninguém sabe direito o que é.
Milhares de pessoas sofrendo por quem perderam para esta doença, mesmo indiretamente através da depressão, do isolamento ou adoecimento físico pela tristeza, saudade, ausência, ansiedade. Além disso, a situação política caótica e extremista em nosso país… a crise econômica… o narcisismo que insiste nas redes sociais, e que, veja bem, estamos apenas começando a perceber que é nocivo a nós, e que sempre vamos querer mais do que o outro ostenta… O que o outro ostenta é o que ele realmente tem, quem ele realmente é? Somos vidas editadas… ou queremos, no fundo, ser.
Convido você a não fugir da necessária reflexão das festas de fim de ano. A quem você precisa perdoar? Quem sabe, comece por si mesmo(a). O que você ainda pode fazer, embora ainda não tenha tido êxito? Quem você quer se tornar, pode se tornar, vai se tornar? Você tem fé?
Quanto ao que passou, e a quem passou, seja de que forma for, ficam as lembranças e o adeus… Afinal: “A história da nossa vida é a história das nossas perdas”, alguém disse. Mas também é a epopeia das nossas conquistas, alegrias, superações e das pessoas e pets que amamos! Viver sozinho(a) não tem sentido. Não existe propósito.
Talvez você passe o Natal sozinho(a). Trabalhando. Tudo bem. E o Ano Novo da mesma forma. Tudo bem. Mas, se eu fosse dar um conselho a você, diria: dê um abraço em quem precisa ou pode dar, um beijo, carinho, afeto, diga e mostre que se importa, peça perdão, perdoe-se. Não se cobre demais, é claro! Não cobre demais de ninguém…
Então é Natal, Simone, e o que nós fizemos nunca vai ser mais importante do que nós podemos fazer! Fim do ano não é fim, senão RECOMEÇO!
Elenir Alves é formada em Publicidade e Marketing. Editora-chefe da Revista Projeto AutoEstima e Assessora de Imprensa da Revista Conexão Literatura. Foi coeditora, juntamente de Ademir Pascale, do extinto fanzine TerrorZine – Minicontos de Terror. Foi coautora de diversos livros, entre eles “Draculea – o Livro Secreto dos Vampiros”, “Metamorfose – A Fúria dos Lobisomens” e “Zumbis – Quem disse que eles estão mortos?”, nas horas vagas adora escrever poemas e frases inspiradoras.
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