Fonte: Reprodução

Sim, estamos solitários, muitos de nós. E olhe só, nunca estivemos tão rodeados de gente, de tecnologia, de alternativas para nos divertir, distrair, conseguir uma presença.

Presença não é companhia.

Tela não é companhia, no máximo distração ou mínimo consolo.

Nunca houve tantos casos de depressão, ansiedade generalizada, suicídio ou tentativas de, abuso de substâncias como remédios, álcool e drogas ilícitas, nunca houve tantas fotos e vídeos com tanta gente vivendo e sendo feliz e próspera – longe dos bastidores, ninguém para desabafar, para ficar com o smartphone desligado, silencioso, abraçar, sorrir, existir sem plateia.

Afinal, o que não é visto em uma rede social, não aconteceu, não é a lógica? Pra muita gente, é.

Covid, guerra, narcisismo, desprezo, ódio, incompreensão, para tudo. Eu quero a pílula da MATRIX. Ou dá pra gente continuar, como disse Winston Churchill, o grande vencedor da II Guerra Mundial, continuar andando no inferno? Com asas de anjo. Chamuscadas – mas tem filtro. 

“Estamos sós e nenhum de nós sabe exatamente onde vai parar” – Engenheiros do Hawaii.

Não vivi antes de nascer pra saber – acho eu – mas sei que nunca estivemos tão sós do lado de dentro.

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