Com o passar dos anos, o reconhecimento da importância da saúde mental para as pessoas passou a ganhar importância nos diversos setores da sociedade. Por mais que não seja algo fácil de se fazer, por tempo e dinheiro que devem ser gastos, a visão acerca de seu papel já melhorou, quando comparado ao entendimento geral de antes. No Brasil, durante o primeiro mês do ano, há uma campanha em prol da construção da saúde mental e do bem estar emocional, denominada Janeiro Branco, evidenciando que a sociedade já valoriza este aspecto.
Até pouco tempo atrás, quem precisava ou pensava em ir à uma terapia, seja ela qual fosse, era taxado de ‘maluco, doido ou desequilibrado’. Por outro lado, quem pensava em se tornar psicólogo era visto como “médico de doido”. Assim, era comum ver pessoas sucumbindo às doenças mentais, sem nem saber que as tinham, ou serem tratadas como seres estranhos, como as mulheres vistas e chamadas de histéricas, ao longo do tempo.
Infelizmente, esse desconhecimento e preconceito com a profissão e área em si não foi totalmente dissipado, fazendo com que o tema ainda seja visto de forma “mista”, com pessoas vendo e destacando a importância de se buscar tratamento e outras, que ainda tratam tudo como atestado de loucura, dentre outros tipos de preconceito. Entretanto, assim como precisamos cuidar da saúde do corpo, a saúde mental também deve ser alvo da nossa atenção.
Segundo o psicólogo e presidente do IBFT – Instituto Brasileiro de Formação de Terapeutas, Jair Soares, “Essa visão ainda antiquada atrapalha a quem precisa de tratamento e vive em um ambiente mais fechado, com mais dificuldade de entender a importância de um maior cuidado com a saúde mental”.
Outros fatores que atrapalham a visão das pessoas acerca da busca por terapias é a demora dos tratamentos mais convencionais e o sentimento de falta de resultados das mesmas. Isso culmina, na maioria das vezes, em desistência do tratamento e permanência do indivíduo numa condição emocional negativa.
Ainda de acordo com Jair Soares, “Quanto mais tempo passa e as pessoas se sentem ainda longe da resolução de seu problema, é normal que a confiança caia e haja um crescimento da insegurança quanto aos profissionais. Por isso a necessidade de buscar, junto ao paciente, uma solução mais rápida e eficaz”.
Nesse sentido de encontrar uma saída para os problemas que afligem os pacientes, a Terapia de Reprocessamento Generativo (TRG) aparece como uma forma eficaz de combater todas essas críticas em relação às terapias convencionais.
Com a ideia de resolver os problemas, buscar a causa dos males e fazer com que eles sejam, de fato, combatidos, a TRG tem como finalidade suprir as falhas que as outras linhas de pensamento deixam, fazendo com que o paciente sinta que está tendo seu problema realmente analisado e estudado em conjunto.
Para Jair Soares, criador dessa nova prática, “A questão principal, para as pessoas, é poder fazer o tratamento e saber que poderá sair dele, após algum tempo, sem se preocupar com uma nova recaída, por não ter solucionado tudo quando esteve debruçado justamente sobre essa questão. Quando se sente que houve tempo, energia e dinheiro gasto em sua saúde e ela não está bem como deveria, é natural que haja desconfiança e afastamento dessa área. Assim, a existência da TRG nasceu com a ideia de mudar esse panorama e fazer com que todos voltem a se sentir seguros ao buscar um terapeuta especializado”.
Portanto, aproveitando a importância de janeiro para a saúde mental, é necessário saber quais são seus pontos de tratamento e que a busca por um profissional não faz do indivíduo um desequilibrado que deve sofrer com o afastamento das pessoas. Por mais que a busca aconteça para o tratamento de um problema de ordem psicológica, eles são tão naturais quanto quaisquer outros, que são físicos e não são vistos com preconceito, na maioria das vezes.
Elenir Alves é formada em Publicidade e Marketing. Editora-chefe da Revista Projeto AutoEstima e Assessora de Imprensa da Revista Conexão Literatura. Foi coeditora, juntamente de Ademir Pascale, do extinto fanzine TerrorZine – Minicontos de Terror. Foi coautora de diversos livros, entre eles “Draculea – o Livro Secreto dos Vampiros”, “Metamorfose – A Fúria dos Lobisomens” e “Zumbis – Quem disse que eles estão mortos?”, nas horas vagas adora escrever poemas e frases inspiradoras.
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