INCA estima que sejam diagnosticados no país mais de 7 mil novos casos de câncer em crianças e adolescentes de 0 a 19 anos

Os tumores que atingem crianças e adolescentes têm, em geral, comportamentos diferentes daqueles que agem em adultos. E, neste caso, os prognósticos costumam ser melhores: cerca de 80% dos casos têm chances de cura, especialmente se diagnosticados precocemente. Serão 7.930 novos diagnósticos a cada ano, segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) para o triênio 2023-2025. Por se tratarem de menores, é necessário que os pais estejam bem informados sobre os sintomas e as predisposições dos filhos. A campanha Setembro Dourado tem como objetivo a conscientização desse tipo de câncer. E também traz novidades científicas e inovações importantes para a área.

“Precisamos ter atenção especial para os tipos de câncer que afetam as crianças e adolescentes, pois eles são mais agressivos e a primeira causa de morte do público infantil. Como atingem células mais embrionárias, que têm rápido crescimento e proliferação, costumam ser mais agressivas. Mas também tem altas taxas de cura, inclusive, por conta dessa capacidade de recuperação do corpo jovem. E temos, hoje, muitas inovações que melhoram a sobrevida e a taxa de cura dos pequenos. A campanha é fundamental pois os pais precisam ter acesso à informação, tanto da doença, mas também de onde, quando e como buscar ajuda”, explica Sidnei Epelman, líder nacional da especialidade de oncopediatria da Oncoclínicas&Co

Os tumores mais frequentes em crianças e adolescentes são: as leucemias (que afetam os glóbulos brancos), os linfomas (sistema linfático), o neuroblastoma (que se origina nas células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal), o tumor de Wilms (tipo renal), retinoblastoma (afeta a retina, fundo do olho), o tumor germinativo (das células que originam os ovários e os testículos), os osteossarcoma (que acomete os ossos), os sarcomas (tumores de partes moles), assim como os tumores que atingem o sistema nervoso central.

Inovações em engenharia genética, terapias-alvo e imunoterapia têm contribuído para melhorar o prognóstico e qualidade do tratamento da maioria desses tumores. “Hoje, por conta dessas pesquisas científicas, a gente conhece mais o tipo de tumor e as operações. Como consequência, nós conseguimos desenvolver drogas que atingem essas mutações, de forma muito mais direcionadas ao tratamento. Isso acontece também para os adultos, mas nas crianças e adolescentes também vêm avançando com rapidez”, explica o médico. 

Diagnóstico precoce: câncer em crianças demanda mais atenção

Quando se trata de crianças e adolescentes, obter um diagnóstico precoce é mais difícil, afirma o especialista. Isso porque, além do tumor crescer mais rapidamente, há poucos “fatores de risco” para o desenvolvimento da doença. “Quando temos um adulto, consideramos também os agentes externos, como: tabagismo, sedentarismo, etc, para determinar se há mais ou menos riscos. Com crianças é muito diferente, pela velocidade de crescimento do tumor e porque, nesses casos, poucas vezes os fatores ambientais têm papel. Embora possam existir aspectos genéticos, eles não determinam com certeza se a pessoa vai ou não desenvolver a doença”, comenta. 

Então, o que os pais podem fazer? Essa é uma pergunta recorrente para os especialistas. “Responder essa questão é muito difícil, pois ninguém quer ou acha que o filho vai ter câncer. No entanto, o câncer, muitas vezes não tem explicação, são apenas células que começam a se multiplicar além do normal, sem sabermos o porquê. O que gosto de dizer é que os pais e/ou responsáveis devem ficar atentos. Por isso, a campanha é tão importante: são diversos tipos de tumores, cada um com sintomas diferentes. Estar informado, por exemplo, sobre como identificar que uma mancha no olho pode ser um sinal de retinoblastoma, é fundamental. Além disso, saber onde e quando procurar um especialista, é igualmente essencial”, completa Sidnei. 

Que tipos de exames podem ajudar no diagnóstico? 

Há exames que podem identificar certos tipos de condições em pacientes, explica. “Se você tem uma criança com uma alteração, não é necessariamente uma doença familiar, mas uma má formação genital, ela tem que ser acompanhada com ultrassom para ver se não vai desenvolver um tumor de Wilms, um tumor renal. Algumas com síndrome, por exemplo, uma criança com neurodermatite, que é uma doença hereditária, ela tem uma incidência maior de tumor cerebral. Especialmente no nervo óptico, ela tem que ser assistida com ressonância. Então depende muito de cada uma das síndromes e das malformações para a gente acompanhar”, afirma o oncopediatra. 

De acordo com Sidnei Epelman, as inovações na área da oncologia infanto-juvenil buscam tornar o tratamento mais efetivo e com melhor qualidade de vida para cada paciente. “O que nós temos de mais avançado atualmente está nesse conhecimento científico maior. Precisamos de laboratórios que estejam preparados para todos os tipos de diagnósticos, utilizando de informações que já conseguimos ter, por meio da biologia molecular e dos testes genéticos. Essa é uma das grandes novidades do momento e leva muita esperança para crianças e adolescentes”, finaliza.

*De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o ranking de tumores infanto-juvenis mais prevalentes e seus percentuais de incidência no Brasil são:

*Os dados estão disponíveis em documentos e publicações do INCA, como a “Estimativa 2023: Incidência de Câncer no Brasil”, que oferece uma visão geral dos tipos mais comuns de câncer em diferentes faixas etárias.

Pequenos heróis 

Para apoiar na conscientização sobre o câncer infanto-juvenil, ao longo do mês de Setembro, estará no ar a campanha “Crianças não precisam ser precoces. Mas o diagnóstico do câncer, sim” da Oncoclínicas&Co. A ação promove conteúdos informativos e estimula a observação de sinais de alerta como palidez, febres prolongadas, emagrecimento, dores nos ossos ou dor de cabeça com vômito.

Com ativações em redes sociais, ambientes físicos e anúncios nas grandes mídias, a iniciativa tem por objetivo incentivar o diagnóstico e tratamento precoce, aumentando assim as chances de cura. 

Para mais informações, acesse: www.cuidarsemlimites.com.br/setembro-dourado


Sobre a Oncoclínicas&Co 

Oncoclínicas&Co é o maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina, com um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.700 médicos especialistas com ênfase em oncologia. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico, oferece um sistema completo que integra clínicas ambulatoriais a cancer centers de alta complexidade. Conta com 145 unidades em 39 cidades brasileiras, permitindo acesso de qualidade em todas as regiões que atua, alinhados aos padrões dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer. 

Com foco em tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas realizou aproximadamente 635 mil tratamentos em 2023. É parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard, um dos principais centros de pesquisa e tratamento de câncer no mundo. Possui a Boston Lighthouse Innovation, especializada em bioinformática, em Cambridge, Estados Unidos, e participação na MedSir, dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer, em Barcelona, Espanha. Recentemente, expandiu sua atuação para a Arábia Saudita por meio de uma joint venture com o Grupo Al Faisaliah, levando a missão de vencer o câncer para um novo continente e proporcionando cuidados oncológicos em escala global, ao combinar a hiperespecialização oncológica com abordagens inovadoras de tratamento.

A companhia integra a carteira do IDIVERSA, índice lançado pela B3, destacando empresas comprometidas com diversidade de gênero e raça. Para maiores informações acesse: www.grupooncoclinicas.com 

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