Para a psicopedagoga e escritora Paula Furtado, abordar o racismo e a discriminação é crucial para conscientizar a juventude sobre a importância do respeito e da igualdade

O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, é uma data fundamental para honrar a história, a cultura e a resistência do povo negro no Brasil. “Ao abordar esse dia com crianças e jovens, é importante tratar de temas que ajudem a compreender o impacto histórico da escravidão e como suas consequências ainda se fazem presentes na sociedade”, explica a psicopedagoga e escritora Paula Furtado.

Uma das reflexões centrais, ainda segundo Paula, é a herança africana, que continua viva por meio da música, dança, religião e culinária, elementos importantes para a tradição brasileira. “Os africanos escravizados mantiveram sua identidade preservada, apesar da opressão que tinham, contribuindo com expressões como o samba, a capoeira e as religiões. Ressaltar a identidade negra é essencial para fortalecer a autoestima dos jovens negros, permitindo que eles valorizem seu legado e história”, pontua a profissional.

Para a psicopedagoga, outra questão que merece uma reflexão é a abolição e a desigualdade pós-escravidão. “Quando foram libertos, os negros não receberam apoio, educação ou moradia digna, o que contribuiu para as desigualdades que persistem até hoje. Ajudar as crianças a compreenderem como essa falta de suporte gerou desafios sociais é primordial para que elas entendam o impacto desses processos na vida de muitas famílias negras até o presente”, enfatiza.

Neste dia, abordar o racismo e a discriminação conscientiza a juventude sobre a importância do respeito e da igualdade. Discutir esses temas é bom para que as novas gerações se sensibilizem e se comprometam com o combate ao preconceito.

A representatividade é igualmente relevante para Paula: “Ver pessoas negras como protagonistas em diversas áreas, como literatura, esportes e ciências, fortalece a valorização pessoal dos negros e valoriza suas contribuições para a sociedade”.

Estimular a consciência social e a empatia é outra etapa necessária para celebrar o Dia da Consciência Negra. “Incentivar as crianças a refletirem sobre como criar um ambiente mais inclusivo e respeitoso contribui para que cresçam valorizando as diferenças e rejeitando o preconceito”.

Paula acredita que, uma maneira de ajudar o público infantojuvenil a se conectar com essas ideias é por meio da contação de histórias, compartilhando narrativas sobre heróis e heroínas negras, ou de figuras de liderança e resistência como Zumbi dos Palmares e Dandara, ou outras que trazem elementos da rica cultura africana. Essas histórias podem inspirar as pessoas mais novas a reconhecerem o valor da luta por um mundo mais justo e inclusivo. Além disso, atividades artísticas como pintura e colagem, que representam traços típicos afro-brasileiros, como cabelos crespos e estampas africanas, ajudam, a fortalecer a identidade cultural das crianças. A música e a dança também desempenham um papel relevante e ensinar ritmos tradicionais afro-brasileiras, como o samba e o maracatu, permite que as crianças se conectem de maneira prática com essas manifestações culturais.

Já a reflexão sobre o racismo pode promover conversas explicando como é possível combatê-lo, incentivando o respeito e a igualdade entre todos. “Essas atividades e discussões incentivam a reflexão sobre o passado e o presente, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e respeitosa para todos”, enfatiza Paula.

Sobre Paula Furtado

Paula é pedagoga, formada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com especialização em Psicopedagogia, Neuropsicopedagogia, Educação Especial, Arte de Contar Histórias e Arteterapia pelo Instituto Sedes Sapientiae e Leitura e Escrita, também pela PUC-SP. A profissional já trabalhou como professora de Educação Infantil e Ensino Fundamental na rede particular de ensino, e já atuou como assessora pedagógica em escolas públicas e particulares.

Paula Furtado atende crianças e adolescentes com dificuldades de aprendizado. Nesta área da educação, a pedagoga ministra cursos para formação de educadores nas instituições de ensino pública e particular e realiza palestras para pais sobre a importância de contar histórias.

Como autora, Paula completa seu trabalho escrevendo diversos livros infantojuvenis (100 obras até o momento) e, dentro de suas atuações de jornada literária, também foi coordenadora e supervisora psicopedagógica em diversas publicações infantis (Contos de fadas, Lendas e Folclore) com Girassol Brasil e Mauricio de Sousa. A autora conclui suas atividades escrevendo para diferentes revistas de educação sobre temas pedagógicos, além de trabalhar na criação e patente de Jogos Pedagógicos como: Desafio, Detetive de Palavras, De Olho na Ortografia, dentre outros.

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