Fonte: Divulgação
Cepa mais danosa e 70% mais transmissível é a P1 de Manaus; nova cepa foi descoberta em São Francisco, EUA
Parece engraçado me vir à mente esta frase de um programa – muito simples e bom, a meu ver, por sinal – de humor, pensando em tempos tão escabrosos de Covid como os nossos: “Palma, palma, não priemos cânico” (“Calma, calma, não criemos pânico”), proferida pelo grande Chapolim Colorado. Pois é em pânico, ou quase, que a maioria de nós está, admitamos ou não, nessa pandemia.
Quem afinal não perdeu um conhecido pela doença, ou quase? E os famosos, a cada dia parece que um deles se vai, tragado por esta doença. Espantei-me ao ouvir no rádio que, calcula-se, circulam 92 cepas, NOVENTA E DUAS, no Brasil atualmente. A mais terrível é a P1. de Manaus. Mas tem a britânica e outras. Ontem, descobri que encontraram outra variante nos EUA.
Enquanto isso, a vacinação segue. Agora não temos apenas a coronavac, que, a meu ver, não vinha fazendo grande diferença, visto que tem só 50% de eficácia na primeira dose, e muita gente contraía antes da segunda; além disso, não é eficiente contra a P1 e a maioria das cepas. Agora, temos a Oxford, que, apesar de poder provocar complicações sanguíneas, é mais eficaz em porcentagem e quantidade de cepas. No entanto, apenas a Pfizer, utilizada nos EUA e na maioria dos países da Europa, ao que li, parece ser eficaz contra a variante P1 que está lotando as UTIs e os necrotérios do Brasil.
As medidas de higienização, por outro lado, precisam continuar, e com mais rigor: lavar as mãos com água e sabão, álcool-gel, evitar aproximação física com outras pessoas, máscaras bem ajustadas e limpas, isolamento social, se possível lockdown – essa medida diminuiu drasticamente o número de casos em vários lugares.
Atualmente, o Brasil tem quase 3 mil mortes por dia – chegou a quase 4. É o “campeão” no quesito no mundo, sendo que o 2o lugar, EUA, conseguiu reduzir para 500 e poucas vítimas diárias, e o 2o ao 10o colocados, juntos, não somavam as mortes por dia no Brasil de Covid até poucos dias.
Pois o sentimento imediato que temos, ou ao menos eu tenho e imagino que muitos tenham, é PÂNICO – muita gente adoecendo de ansiedade e depressão, até pela questão econômica, além de perdas e da ameaça do ente patológico estranhíssimo. E aí me lembrei daquela frase do Chapolim… Mas não temos um Chapolim com sua marreta e anteninhas e movimentos friamente calculados para nos salvar. Dependemos dos esforços do governo e dos nossos próprios – ambos têm muita responsabilidade.
Enfim, o que quero dizer é para que você e eu tentemos manter a calma, e aproveitar esse vale sombrio para nos cuidarmos mais, cuidarmos de quem amamos, olhar a vida com outros olhos. Muita gente luta pela vida neste exato momento com tubos enfiados no rosto e no corpo. Valorize sua vida, valorize quem você ama, proteja-se, não faça aglomerações, não se autodestrua.
Vai passar, vai passar. Sempre passa. “Se você estiver no inferno, continue caminhando” – gosto de repetir essa frase atribuída ao grande vencedor da II Guerra, o exímio estrategista britânico Winston Churchill.
Estenda a mão – mesmo que não fisicamente – a quem precisa, enquanto lava as suas. Não é hora de discurso de ódio nas redes sociais, de definir culpas, mas de pensar em soluções. Seja uma solução, você faz parte da situação.
Um bom resto de semana!
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Elenir Alves é formada em Publicidade e Marketing. Editora-chefe da Revista Projeto AutoEstima e Assessora de Imprensa da Revista Conexão Literatura. Foi coeditora, juntamente de Ademir Pascale, do extinto fanzine TerrorZine – Minicontos de Terror. Foi coautora de diversos livros, entre eles “Draculea – o Livro Secreto dos Vampiros”, “Metamorfose – A Fúria dos Lobisomens” e “Zumbis – Quem disse que eles estão mortos?”, nas horas vagas adora escrever poemas e frases inspiradoras.
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